Fabricante de soluções e equipamentos para plantio tem por objetivo alcançar faturamento de R$ 1 bilhão
Há duas semanas, a goiana J.Assy, fabricante de soluções e equipamentos para plantio, deu início à terraplanagem para construir uma nova unidade em seu parque fabril, em Caldas Novas (Goiás). O movimento marca o início de um plano de investimentos da ordem de R$ 200 milhões – com recursos próprios, segundo a companhia -, a serem aportados em cinco anos.
O objetivo do dono do negócio, o engenheiro agrônomo José Roberto Assy, fundador da empresa há 23 anos, é alcançar faturamento anual de R$ 1 bilhão até 2030, deixando para trás a posição de fornecedor de hardwares”, ou de soluções apenas mecânicas, para colocar o pé no mundo conhecido como agro 4.0, com alternativas que usam telemetria, acesso por nuvem, entre outros.
“Há dois anos demos início à transição, gradativa, do desenvolvimento de soluções mecânicas para as eletrônicas”, afirma Leonardo Vieira, diretor da J.Assy para América Latina.
A empresa, que não informa sua receita atual, deu início a sua trajetória com a fabricação do disco conhecido como RampFlow. Acoplado a semeadeiras ou plantadeiras, é uma peça que contribui para uma redução de até 70% em falhas na distribuição de sementes no solo. Quando anexado a uma solução mais atual – um dosador também desenvolvido pela companhia -, esse índice cai para 98%, de acordo com Vieira.
Em outra frente, a empresa também atende o produtor ao fornecer tecnologia wireless para distribuir fertilizantes – o que ajudou a companhia goiana a abrir espaços em mercados no exterior, como o dos Estados Unidos.
Com os novos investimentos, a ideia é não só avançar nas etapas já atendidas, mas chegar a outros nichos de negócios, atendendo os produtores na colheita e na pulverização, por exemplo. Rumo aos objetivos, um dos primeiros movimentos é ampliar a infraestrutura. A nova unidade fabril, com início efetivo das obras marcado para outubro, levará a área construída em Caldas Novas a dobrar e alcançar cerca de 9 mil metros quadrados.
Além disso, parte fundamental para o andamento da estratégia que busca receita bilionária em dez anos, a equipe de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias deverá também dobrar de tamanho nos próximos três anos, diz o executivo. Essa parte da equipe ocupa quatro andares em um prédio localizado na capital paulista.
“São hoje 60 profissionais, 80% deles engenheiros, entre mecânicos, eletrônicos e mecatrônicos. No ano que vem precisaremos nos mudar para um novo escritório que comporte o aumento do time”. Além da unidade de pesquisa em São Paulo e da matriz, em Goiás, a J.Assy tem centros de distribuição no Paraná, no Rio Grande do Sul e pretende abrir outro em Mato Grosso.
A frente de exportações, relevante para alcançar os objetivos traçados, considera ampliar a atuação no mercado dos Estados Unidos, onde a companhia tem uma filial em Illinois, e no Canadá, além de abrir frentes na Europa e na Oceania.
O avanço para a América do Norte tem sido orgânico, mas “exponencial”, segundo Vieira, sendo o mercado canadense um comprador de tecnologia desenvolvida para o cultivo de canola. No Brasil, a empresa fornece soluções para todas as culturas.