A busca por aumento na eficiência com redução de custos tem levado as empresas envolvidas com o agronegócio a intensificarem a aposta em veículos autônomos, principalmente tratores e colheitadeiras.
Presentes em quase todo o processo de produção no campo, os tratores auxiliam os agricultores em tarefas que vão desde o plantio até a colheita. Por conta dessa ampla participação, atualmente é possível programar a quantidade de adubo que se coloca nos plantios, a quantidade de semente, de defensivo, controlar a emissão de poluentes, sincronizar atividades no campo, além de reduzir a taxa de erros nas operações. “o potencial produtivo de uma lavoura está diretamente relacionado à quantidade de conhecimento que o agricultor emprega por metro quadrado. Por isso, é fundamental contar com recursos que apoiem sua tomada de decisão para produzir mais e melhor”, afirma Leonardo Vieira, diretor Executivo de América Latina da J.Assy.
Frente a essa versatilidade do maquinário agrícola, de acordo com o executivo, os tratores e colheitadeiras podem colaborar ativamente para o big data, rendendo ricos insumos para a tomada de decisão pelo agricultor. “Na verdade, não necessariamente precisamos de só uma máquina para fazer toda a operação. Podem ser várias máquinas, que, inclusive, conseguem proporcionar mais cobertura diária de tarefas, também coletando mais dados e se conectando entre si. Essa, inclusive, é a tendência para o futuro”, afirma.
Coleta de informações na prática – “Tomando como exemplo um contexto de plantio, as máquinas vão saber exatamente onde elas depositaram uma semente e a quantia exata de fertilizantes colocados nela. É como se cada semente tivesse um RG e a gente conseguisse depois rastrear onde está ela para depois aprimorar os plantios, considerando outros fatores além da quantia de fertilizante, como umidade, compactação do solo e teor de matéria orgânica que já existe nele. Esse teor é suficiente para germinar uma semente ou requer fertilização extra? Se sim, quanto?”, explica Vieira.
Quanto à mão de obra, o executivo completa que, mais do que não substituir o trabalhador rural, os tratores e colheitadeiras autônomos requerem mão de obra para operá-los. “Essas máquinas não irão substituir mão de obra. Pelo contrário, elas trarão mais oportunidade de emprego, requerendo um nível de capacitação para o segmento do agro. Todos saem ganhando”, finaliza.